Conselho de Meio Ambiente suspende corte e cobra apuração sobre remoção de árvores no Cambuí, em Campinas
06/11/2025
(Foto: Reprodução) Árvores ficam na Rua Coronel Quirino, na esquina com a Rua Carlos Guimarães, no Cambuí
Reprodução/Instagram/Resgate o Cambuí
Após o corte de uma magnólia-amarela na Rua Coronel Quirino, no Cambuí, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) de Campinas (SP) suspendeu o corte de uma sibipiruna no mesmo local e solicitou à Prefeitura a abertura de um processo para investigar o caso.
A resolução 08/2025, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (6), é baseada no relatório técnico da Câmara Técnica de Arborização (CTA), que constatou que a sibipiruna está em bom estado e que a remoção da magnólia ocorreu sem justificativa adequada.
A magnólia-amarela foi retirada em 3 de novembro. Segundo o relatório da CTA, a árvore estava saudável e não havia razão técnica para sua remoção. A prefeitura, no entanto, diz que ambas as árvores apresentaram “comprometimento, com broca e cupim, e risco de queda”.
O que pede o Condema?
Na resolução, o presidente do Comdema determinou que a Secretaria de Serviços Públicos abra um processo administrativo para apurar responsabilidades pelo corte da magnólia-amarela.
O conselho também exigiu que sejam aplicadas penalidades cabíveis e que haja compensação ambiental, com o plantio de 15 novas árvores para cada uma removida, preferencialmente de grande porte e no próprio Cambuí ou em áreas próximas.
Além disso, manteve a suspensão imediata de qualquer intervenção na sibipiruna, até que um laudo técnico independente comprove, conclusivamente, que a árvore apresenta risco estrutural irreversível ou condição fitossanitária comprometida.
Corte, poda ou retirada: ligações que envolvem árvores lideram chamadas no 156 em Campinas
Prefeitura avalia providências
Em nota, a administração municipal disse que tomou ciência do conteúdo da resolução nesta quinta e “encaminhou o assunto à Procuradoria do Município para avaliação e adoção das providências jurídicas e administrativas cabíveis”.
“A Resolução, editada pelo presidente do Condema, não foi submetida à deliberação dos conselheiros do órgão”, complementou.
Além disso, destacou que as árvores retiradas serão substituídas por espécies saudáveis e adequadas ao local.
VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas